"Os alunos com deficiência mental, são os que
forçam a escola a reconhecer a inadequação de suas
práticas para atender as diferenças dos educandos".
Quando falamos de ensino de matemática para pessoas com deficiência intelectual, é importante ressaltar alguns pontos essenciais no processo de ensino e aprendizagem, sendo estes:
- Não equivalência entre deficiência e incapacidade;
- Importância de conhecimento do repertório individual e das necessidades de adaptação curricular;
- “Quebrar” as unidades de ensino em unidades menores;
- Construção passo a passo de habilidades básicas;
- Produzir recursos adaptados ao aluno;
- Progressão gradual nos conteúdos e nas exigências;
- Passar ao próximo tópico após ter aprendido o anterior;
- Seguir o ritmo próprio do aluno (velocidade de processamento; tempo de execução);
- Ajuda individualizada (professor e/ou monitores);
- Iniciar cada encontro revendo o tópico anterior;
- Anunciar claramente os objetivos de aprendizagem;
- Realizar avaliações a cada encontro;
- Finalizar cada encontro com a retomada dos tópicos principais;
- Estar atento aos “erros” como oportunidade de ação pedagógica;
- Reforço social é fundamental;
- Orientação à família: acompanhamento em casa e reuniões periódicas;
- Orientação à comunidade escolar;
- Uso de materiais concretos;
- Atividades que permitam o sucesso e a aplicação a situações vivenciadas no cotidiano do aluno;
- Desenvolvimento afetivo e desenvolvimento cognitivo: dois processos inseparáveis
Currículo básico de matemática ao aluno com deficiência intelectual
- O reconhecimento do numeral: discriminação visual; nomeação; equivalência entre nome ditado e numeral
- A quantidade: mais; menos; muito; pouco; maior; menor.
- Discriminação de quantidades e equivalência numeral-quantidade
- A conservação de quantidades discretas e contínuas
- Ordenação: antes; depois; meio; primeiro; último; segundo; terceiro...
- Agrupamentos em diferentes situações;
- Contagem: recitar sequência numérica; relacionar cada membro da sequência numérica a um objeto contado (relação termo a termo); cardinação; irrelevância da ordem de contagem; generalização da contagem
- Desagrupar, compor, decompor quantidades;
- Reconhecimento dos símbolos básicos para as operações de soma e subtração
- Situações que envolvem soma e subtração: balança; pequenas histórias; representação
- Situações que envolvem a aplicação de soma e subtração
- Idem para multiplicação e divisão
Ainda segundo Melquiades; "Deve-se incentivar os alunos deficientes mentais a pensar. Assim, a função de orientador e facilitador da aprendizagem se realizará mais facilmente, pois pode-se perceber como eles estão dirigindo seus pensamentos e encaminhando suas soluções. O professor discretamente pode propiciar aos alunos idéias, para isto pode se fazer com de eles se lembrem de fatos e os utilizem adequadamente".
Referências:
Sidinei Melquiades. Práticas Pedagógicas para o ensino da matemática dos alunos com deficiência mental.
Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: matemática/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. – 3. ed. – Brasília: A secretaria, 2001.
Sidinei Melquiades. Práticas Pedagógicas para o ensino da matemática dos alunos com deficiência mental.
Brasil. Parâmetros curriculares nacionais: matemática/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. – 3. ed. – Brasília: A secretaria, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário